sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

AS FONTES QUE REFRESCAM BOCAS SEQUIOSAS!

FONTES DA FREGUESIA DE OLIVEIRA DO HOSPITAL
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FONTE DO AMEAL
Água que corre há gerações no local conhecido por Ameal, devido à existência de amieiros que foram mais tarde abatidos para a construção da estrada nacional nº.230 rumo a Lagares, no final do século passado. Foi inaugurada pelo Rei D. Carlos em 1895, aquando da visita da família real a Oliveira do Hospital. Era também conhecida por "Fonte dos Amores", por ser ponto de encontro dos jovens que outrora aproveitavam a ida à fonte para namorarem.

FONTE DO REBOLO
O nome veio-lhe de um rebolo (cilindro em pedra usado para calcar a brita nas estradas em construção). Durante alguns anos esta fonte ficou desactivada. Era também a água desta fonte que os nossos antepassados utilizavam para as necessidades diárias de alimentação e higiene, enquanto o serviço de abastecimento ao domicílio não foi introduzido na maior parte dos lares da freguesia. Tendo a Câmara Municipal procedido às devidas obras de reparação e embelezamento de todo o conjunto, a água voltou a correr na Fonte do Rebolo.




FONTE DE GRAMAÇOS
Foi construída no séc. XIX e a coroa que ostenta foi-lhe tirada pelos republicanos.




FONTE DA VILA
Era a principal fonte abastecedora de água dos nossos antepassados. Os milhares de cântaros e bilhas de barro que encheu, as bocas que dessedentou e o esquecimento a que foi votada inspiraram a nossa poetisa popular que lhe dedicou as seguintes quadras:

RAINHA DAS FONTES

A nossa Fonte da Vila
Já velhinha na idade,
Também ela foi menina,
Teve a sua mocidade.

Muita gente ali ia
Para se abastecer,
Desde o romper do dia
Até ao anoitecer.

Era sempre um corre-corre
Para a água ir buscar,
Pois ela era indispensável
Para as tarefas do lar.

Mas com o passar dos anos
A sua vida mudou.
Com a água ao domicílio,
O seu reinado acabou.

Hoje só... Abandonada
E votada ao esquecimento,
Já poucos se lembram que ela
Foi rainha no seu tempo.

Mas fiel ao seu destino,
Sempre cantando baixinho,
Esperando matar a sede
A quem passa no caminho.

- Palmira Conceição Duarte

Já pensaste como seria difícil o modo de vida dos nossos antepassados, sem água ao domicílio?

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